Sustentabilidade no mundo do plástico: como o BOPP e as embalagens flexíveis podem ajudar no problema?
Desde o surgimento do plástico, o que revolucionou a humanidade, ele nunca mais parou de ser produzido. Com a pandemia de Covid-19, a necessidade de embalagens flexíveis e filmes de plástico passou a ser ainda maior, afinal, este material é um grande aliado contra contaminações e para a proteção de alimentos, medicamentos, entre outros. Mas se o plástico é assim tão importante e tão útil, por que ele é taxado como o vilão do meio ambiente? Tratar o plástico desta maneira é um grave erro, pois exime quem pensa assim da responsabilidade sobre seu uso e seu descarte, propagando a manutenção desta prática tão nociva ao planeta.
O BOPP, sigla em inglês para Polipropileno Biorientado, por exemplo, pode e deveria ser a solução perfeita para o delicado e fundamental equilíbrio entre a necessidade que a humanidade tem do plástico e da sustentabilidade, pois se trata de um material completamente reciclável, tanto nos filmes transparentes quanto nos metalizados, nos perolados ou brancos e nos foscos.
As embalagens flexíveis e o BOPP estão presentes em nosso dia a dia de diversas formas, como nas embalagens de café, de biscoitos, de chocolates, de rótulos, de etiquetas, de fitas adesivas, de snacks, dentre muitos outros usos. Este material tem um ótimo custo-benefício para suas aplicações, com alto rendimento, alta resistência mecânica, transparência, flexibilidade, barreira de proteção contra agentes externos e facilidade de impressão.
Plástico para Embalagem: a importância do BOPP e das embalagens flexíveis
De acordo com a consultoria Maxiquim, o mercado de BOPP, anualmente, movimenta 170 mil toneladas, o que equivale a 2,4% do total de transformados plásticos produzidos no Brasil.
Mas com tantas vantagens assim para o mercado e para o meio ambiente, o que acontece que faz com que o BOPP ainda seja tratado como um tipo de vilão e não como uma saída para o problema da sustentabilidade?
Um dos fatores é a falta de informações sobre sua reciclabilidade, bem como uma maior dificuldade no recolhimento do material para a reciclagem, em função de ser um material muito mais leve que o PET, por exemplo.
Também ainda não existe um comportamento de reciclagem dos resíduos de pós-consumo (PCR) do BOPP institucionalizado. E apesar da maior dificuldade na coleta dos descartes de BOPP, é comum que o aquilo que foi coletado fique armazenado nas cooperativas de reciclagem ou mesmo que seja descartado.
Mas olhando séria e analiticamente para esta questão, no macro-cenário, fica claro que nenhum destes fatores é, de fato, um problema sem solução.
As soluções existem, uma delas é a economia circular.
O que é Economia Circular?
De acordo com dados do relatório "Perspectivas Mundiais do Plástico", produzido pela organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), menos de 10% do plástico produzido no mundo é reciclado.
Isto é muito pouco!
No ano de 2019, 22% dos plásticos descartados no país foram simplesmente abandonados em aterros ilegais, no meio ambiente ou queimados.
Nenhuma destas três situações é sustentável e elas, sim, são os verdadeiros vilões do meio ambiente.
O plástico é um produto útil, imprescindível e passivo. Não é o plástico que agride, polui e destroi o meio ambiente. São as atividades humanas que o fazem: consumo inconsequente, descarte irresponsável, falta de reciclagem e reuso.
Analise a seguinte informação: das 460 milhões de toneladas de plástico produzidas no mundo em 2019, ainda de acordo com a OCDE, 353 milhões acabaram como lixo, pura e simplesmente.
Somente 9% dos resíduos plásticos foram reciclados.
Mas 19% foram incinerados e cerca de 50% acabaram em aterros controlados, o que também não é bom para o meio ambiente.
Os aterros, apesar de serem uma saída melhor que o descarte a céu aberto ou na natureza, também não são a saída ideal, o ideal mesmo seria o que prega, literalmente, o conceito de aterro zero (ou lixo zero).
O aterro zero é um movimento que visa impedir que produtos, embalagens e outros materiais sejam descartados em terra, água ou no ar, contaminando e causando muitos outros problemas. Isto porque é muito comum a existência de aterros ilegais no Brasil, que são muito prejudiciais ao meio ambiente.
Já a incineração, por sua vez, também não é uma saída pois durante a queima de resíduos, principalmente a queima do plástico, são gerados gases tóxicos que causam poluição atmosférica, aumentam a emissão de GEE (gases do efeito estufa), resultando em sérios impactos ambientais.
E os 22% restantes das 460 milhões de toneladas de plástico produzidas naquele ano foram abandonados em aterros ilegais, queimados ou abandonados no meio da natureza. Estes padrões comportamentais fazem parte de uma economia arcaica, destrutiva e que tem os dias contados.
O futuro se baseia na logística reversa, na política de resíduos sólidos, na educação ambiental. E tudo isto faz parte da chamada economia circular.
Circular pois, como a própria palavra já entrega, trata-se de uma economia cíclica, e não linear. Na economia circular, os resíduos voltam a ser matéria prima.
Além da redução dos impactos ambientais a economia circular promove geração de renda, de empregos, reduz custos de produção e gera mais lucros para as empresas. E é justamente neste cenário que o BOPP e as embalagens flexíveis entram: é o plástico sendo produzido, utilizado e retornando para a cadeia de produção, em vez de ser descartado de forma irresponsável.
Produção importante para a cadeia sustentável
No auge da pandemia, em 2021, com a crescente necessidade do mercado para o uso de plástico, a Polo, entendendo a importância da sustentabilidade, buscou encontrar uma saída para o problema do plástico e lançou a linha b-flex de plásticos biodegradáveis.
Além do b-flex, a Polo lançou também, em 2022, no Fórum ABRE de Sustentabilidade Positive Packaging, outra opção de embalagem flexível sustentável, o One Flex, de estrutura monomaterial.
Estes produtos de BOPP conferem a mesma barreira de proteção que plásticos de múltiplas camadas utilizados hoje no mercado, mas diferentemente deles possibilita a reciclagem total de embalagens de importantes setores da alimentação.
Investir em pesquisa e sustentabilidade faz parte do negócio da Polo, bem como a educação ambiental, a propagação dos ideais sustentáveis e a realização de ações práticas para engajar comunidade, colaboradores, parceiros e clientes, pois entendemos que não, o plástico não é o vilão dessa história. O vilão é o comportamento retrógrado que dificulta a difusão da economia circular e suas práticas.
Educar (conheça aqui a Turminha da Polo, revista infantil que ensina de forma lúdica a importância da sustentabilidade) faz parte destas práticas, pois é através da educação e do conhecimento que deixamos a ignorância de lado e passamos a entender o que realmente precisa ser mudado.
O plástico não é um vilão
Portanto, quando se analisa o cenário como um todo, fica muito nítido que o plástico realmente não é um vilão. Ele é necessário tanto pelas suas aplicabilidades quanto pela sua importância na economia, na geração de emprego e renda, e por diversos motivos.
O que falta é educação ambiental e investimento em sustentabilidade. Muitas empresas já adotam o ESG e isto é um passo fundamental para fazer parte da cadeia de produção da economia circular.
Mas ainda é pouco. Precisamos falar mais sobre o assunto, conhecer os produtos, como o plástico, por exemplo, e quais são os fatores que implicam realmente na poluição e destruição ambiental.
O problema é realmente o plástico, que está presente de tantas e tantas formas na vida de todos, ou é a forma como ele é descartado?
Pense nisso e faça você também parte desta cadeia sustentável.