Economia circular: necessidade que precisa virar realidade
Compramos um produto, usamos durante um tempo até que ele se desgasta e quebra. Ato contínuo, descartamos o item danificado e compramos um novo. Não bastasse, costumamos enxergar prosperidade em o quanto mais rápido for esse ciclo. Este é o modelo de economia linear em que estamos inseridos desde a Revolução Industrial e que agora buscamos substituir pela chamada economia circular - algo necessário ao planeta que precisa se tornar real.
Ao longo dos anos o acesso aos recursos, que antes eram escassos, tornou-se disponível e barato, tendo como resultado um incrível aumento na produtividade e na qualidade de vida das pessoas. Mas tamanha eficiência teve seu preço: o consumo e a produção passaram a ocorrer de forma exponencial e irresponsável, como se os recursos fossem ilimitados. Hoje está bem claro para todos que não são.
Mudar de uma economia linear para uma circular não é tarefa simples. Hoje temos uma cadeia produtiva organizada da seguinte forma: o começo de linha, claro, é a extração de matérias-primas: petróleo, madeiras e minérios. Depois, tudo isso vai para uma indústria onde estes materiais se transformam em bens de consumo, como papel, componentes eletrônicos, embalagens plásticas etc. O fim da linha é o descarte dessas coisas depois que ficam velhas ou deixam de cumprir sua missão, ou seja, as jogamos fora.
Mas onde é fora? No ar, em forma de poluição, ou na terra e no mar em forma de lixo. Aqui reside o problema. Para se ter uma ideia, só em 2019 o mundo extraiu e consumiu 92 bilhões de toneladas de recursos naturais, o que contribuiu para metade das emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Mas será que existe algum jeito de reduzir esse consumo e essas emissões sem, necessariamente, frear o crescimento econômico? Felizmente, a resposta é sim e atende pelo nome de economia circular.
Copiando a natureza
A economia circular é uma solução para a economia linear. Enquanto o conceito linear segue a tríade produção-uso-descarte, no conceito circular os produtos são reaproveitados em um novo ciclo, não gerando lixo nem resíduos. Para entender este conceito, basta pensarmos em como a natureza funciona. Plantas crescem no solo. Os animais vão lá e comem estas plantas, além de outros animais. Depois que eles se alimentam, o esterco devolve os nutrientes para o solo. O mesmo ocorre quando esses bichos morrem e se decompõem. Percebeu? Os ecossistemas funcionam de forma cíclica em vez de linear.
Esta é justamente a ideia por trás da economia circular. Uma nova forma de repensar a produção e o consumo. Um caminho que envolve todos os setores da sociedade, avaliando o ciclo dos produtos de forma a reduzir os danos ambientais e tirar o máximo de proveito da produção. Este é um modelo econômico emergente e inteligente, que busca compreender melhor a relação entre os capitais humano, industrial, financeiro e natural.
As soluções propostas pela economia circular funcionam em duas frentes. A primeira delas é a reciclagem. A cadeia produtiva dos plásticos, por exemplo, contribui decisivamente para o desenvolvimento sustentável, ajudando na conservação dos recursos naturais, melhorando a qualidade de vida das pessoas e contribuindo para o crescimento econômico. Para que estes benefícios não resultem em contrapartidas prejudiciais ao meio ambiente é preciso cada vez mais investir em reciclagem, já que a maioria dos plásticos são reaproveitáveis.
Naturalmente, mudar de uma economia linear para uma circular não é tarefa simples e ainda vai levar tempo. É preciso redesenhar todas as etapas da cadeia produtiva de diferentes setores. Os números atuais dão um indicativo do tamanho da empreitada: dos 92 bilhões de toneladas de recursos que entram na economia global todo ano, só 11% vêm de fontes renováveis. O relatório de 2021 do Circularity Gap mostrou que apenas 8,6% da economia global pode ser considerada circular.
O papel do consumidor
Aumentar a taxa de reciclagem é importante, mas não é o bastante para resolver todo o problema. É por isso que a economia circular defende uma outra frente de ações: a mudança nos hábitos de consumo. A ideia é usar mais o que se tem e comprar menos o que não se precisa, mantendo o consumo equilibrado e evitando o consumismo, que é algo bem diferente. Além disso, este novo consumidor está mais preocupado com o meio ambiente e cobrando isso das empresas, o que contribui para o desenvolvimento da economia circular.
Estudos têm identificado este novo perfil de consumidor. Pesquisa realizada em 2019 pela Gfk, empresa alemã de levantamentos de mercado, revelou que 76% dos consumidores esperam que as marcas sejam comprometidas ecologicamente. O posicionamento da população e o comprometimento com estilos de vida mais sustentáveis dificultam qualquer negócio a ignorar este clamor do público crescente.
Polo Films: alinhada à economia circular
Atenta ao cenário, a Polo Films vem orientando suas ações de pesquisa e desenvolvimento de produtos para atender às demandas de um mercado mais sustentável. Em busca de atenuar os problemas originados pela ainda tímida reciclagem, coleta e descarte adequados no país, a empresa investe na elaboração de soluções tecnológicas, como os plásticos biodegradáveis, que se degradam com muito mais rapidez e podem ser usados para a geração de energia limpa.
O carro-chefe da Polo Films é a linha b-flex de filmes BOPP biodegradáveis. De perfil eco-friendly, o material possui a mesma eficiência do plástico comum na conservação das propriedades físicas dos itens embalados. No entanto, vai muito além atendendo aos anseios de empresários que sabem que seus clientes estão cada vez mais conscientes e atentos às ações de sustentabilidade das empresas.
Quando se trata de materiais que podem ser reprocessados diversas vezes, como o plástico, a economia circular se torna não apenas uma aliada econômica, mas prática fundamental para a preservação do planeta. E isso tem tudo a ver com nosso futuro.