Antes de Comer Seu Chocolate, O Consumidor Devora Sua Embalagem
Já tratamos aqui no Blog da Polo da importância da embalagem para os produtos alimentícios em geral, como barreira de proteção e veículo de relação entre o consumidor e a marca. Mas hoje vamos falar especificamente do chocolate, um alimento cujas peculiaridades exigem ainda mais atenção à embalagem como vetor de criação de identificação entre quem produz e quem consome. Principalmente, quando ao lado de seu produto, na prateleira, estão perfilados tantos concorrentes.
No varejo, a principal função da embalagem do chocolate é atrair e seduzir para vender. Uma embalagem coerente e bem bolada pode ser a carta na manga para se evitar os efeitos da chamada comoditização, que é quando um produto ou serviço torna-se massificado e não diferenciado perante o cliente. Neste cenário, a embalagem passa a ter papel de extrema importância para as vendas, porque será ela muitas vezes que vai transformar o “vou comprar um chocolate” no “vou comprar aquele chocolate”.
Doce e Fiel Companheiro
O chocolate é um dos doces mais amados pelo brasileiro. No auge da pandemia e do isolamento social, foi parceiro inseparável nos momentos de clausura. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a UFMG e a Unicamp, o chocolate foi um dos produtos alimentícios não-essenciais mais consumidos no período pandêmico. O levantamento apontou salto no consumo de 41,3% (antes da pandemia) para 47,1% pós-covid-19.
Mas qual é a cara desse consumidor? Quem é o chocólatra brasileiro? Para quem fabrica o produto é importante identificar esse perfil e, dessa forma, conhecer seus desejos, anseios, necessidades e comportamento de consumo para saber se relacionar com ele. Uma pesquisa do Instituto Kantar, apresentada pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) no começo de 2021, mostrou que o chocolate faz parte da lista de compras de 82,6% dos lares brasileiros.
Isso significa dizer que o perfil de quem come chocolate regularmente é bem amplo. Como imaginado, as mulheres são as maiores consumidoras, representando 55,96%, enquanto os homens são 44,04%. Ainda segundo esta pesquisa, o chocolate é um produto com maior concentração nas classes A e B. Além disso, pessoas acima dos 40 anos de idade, sejam homens ou mulheres, são os maiores consumidores, atingindo uma fatia de público de 63%. No mercado on-line, 57% dos consumidores digitais de chocolate no Brasil são mulheres, com 78% delas apresentando alta frequência de compras.
Embalagem Flexível: A Amiga do Chocolate
Conhecer o perfil do consumidor de chocolates é fundamental para estabelecer um relacionamento com ele. E esta conexão começa na embalagem. Para garantir a segurança e o frescor do produto e ainda despertar o desejo de compra, as embalagens plásticas flexíveis são a melhor alternativa por serem tecnicamente eficientes, econômicas, recicláveis e apresentarem características que permitem ao fabricante explorar brilho, cor e tipografia de diferentes formas para atrair os consumidores.
Mais que uma barreira contra fatores externos que reduzem o shelf life do produto, a embalagem plástica flexível é o cartão de visitas que antecede o atestar a qualidade do produto na prática. Salvo exceções, a primeira impressão que temos de um produto é fator determinante na escolha. Caso a embalagem não agrade o olhar do consumidor, ou não transmita a ideia que ele espera, é bem provável que passe despercebida. Por isso, uma embalagem ineficiente pode decretar o encalhamento de um produto e seu consequente gosto amargo.
Podemos, sem exageros, considerá-la uma espécie de “vendedor silencioso” de um produto que concorre com muitos outros em uma gôndola de supermercado, como é o caso do chocolate. Uma boa embalagem deve ser capaz de transmitir de forma rápida a qualidade e os diferenciais de um produto. O responsável pelo “amor à primeira vista” é a embalagem. Fazer esta paixão perdurar é papel do que está dentro dela.
Depois de cumprir sua primeira missão, capturando a atenção do consumidor, a embalagem deve despertar o desejo de compra. É dela também o poder de convencer o comprador de estar pagando um valor justo pelo produto. Um consumidor que nunca experimentou determinada marca de chocolate vai ser convencido a pagar mais caro por ela se a embalagem demonstrar mais valor ao seu olhar. Afinal, boas embalagens têm a função de agregar valor aos produtos e justificam, diante a atenção do consumidor, o preço que está sendo pedido por eles.
A embalagem do chocolate é um elemento central da marca e o que o diferencia da concorrência na prateleira. É preciso conhecer o público, suas percepções e investir em especialistas no desenvolvimento deste verdadeiro abre-alas para os sabores desta paixão dos brasileiros. Quando acondicionado em embalagens plásticas flexíveis, o chocolate ganha mais que proteção, ele é emoldurado por um veículo de propaganda que estabelece conexão com o público e cria identidade. E quando a memória visual se junta à memória gustativa, o amor à primeira vista vira casamento.
P.S.: O autor deste texto saboreou uma barra de chocolate enquanto escrevia.